A procura da felicidade
Maria gritava
Ninguém a escutava
E a noite chegava
Ana sentia-se sufocada
Com pensamentos enclausurados
E palavras não ditas
Maria e Ana estavam perdidas
Perdidas de si, perdidas do mundo
Cada uma
Buscava encontrar felicidade
Cada uma encontraria
Maria
Ana
Morria
Ria
M.A.
Arte Vivida
A gente vive e a arte acontece
terça-feira, 1 de maio de 2012
segunda-feira, 23 de abril de 2012
Corpos enjaulados
Corpos enjaulados
O quarto não era tão grande
Uma cama pequena,
Prateleiras
Quatro paredes
E uma pequena janela
Uma jaula
Isso não nos prendia
Deitados, recostados um no outro
Conversas jogadas fora
Músicas invadiam o espaço
Mas os corpos
Enjaulados
Encarcerados em nossos desejos
(Não tão) ocultos
Presos em massa substancial
Confinados em pensamentos longínquos
Ainda assim, pulsando
Concupiscentes
M.A.
O quarto não era tão grande
Uma cama pequena,
Prateleiras
Quatro paredes
E uma pequena janela
Uma jaula
Isso não nos prendia
Deitados, recostados um no outro
Conversas jogadas fora
Músicas invadiam o espaço
Mas os corpos
Enjaulados
Encarcerados em nossos desejos
(Não tão) ocultos
Presos em massa substancial
Confinados em pensamentos longínquos
Ainda assim, pulsando
Concupiscentes
M.A.
domingo, 22 de abril de 2012
Fantasia real
Fantasia real
Onde quer que eu esteja
Seus olhos estão lá
Seu corpo está lá
Sua boca está lá
Fecho os olhos
Pra te esquecer
(Tento esquecer)
E você me persegue
Aonde vou
Vejo você
Não consigo me livrar
(Quero me livrar?)
Sigo nessa tormenta
Quero esquecer
Mas não me canso de lembrar
Quem dera fosse um fantasma
Essa fantasia
Real
M.A.
sexta-feira, 13 de abril de 2012
Noite adentro
Noite adentro
A sensação faz meu coração pulsar
Os arrepios tomam conta do meu corpo
O carro, encostado na rua deserta
Noite adentro
As respirações ofegam
Os lábios não são suficientes
Sua mão percorre meu corpo
Ardendo
Minha boca em seu pescoço
Sua mão em minha coxa
Sedentos corpos
Sem tempo
Encontros furtivos
Subimos, descemos
Ardendo na noite
Adentro
M.A.
A sensação faz meu coração pulsar
Os arrepios tomam conta do meu corpo
O carro, encostado na rua deserta
Noite adentro
As respirações ofegam
Os lábios não são suficientes
Sua mão percorre meu corpo
Ardendo
Minha boca em seu pescoço
Sua mão em minha coxa
Sedentos corpos
Sem tempo
Encontros furtivos
Subimos, descemos
Ardendo na noite
Adentro
M.A.
sábado, 7 de abril de 2012
Sexo verbal (ou Palavras pulsantes)
Sexo verbal (ou Palavras pulsantes)
Bocas abrem
Devoram palavras
Cintilantes, excitante
Corpos se contorcem
Curvas, linhas, pontos
Insaciáveis desejos
A língua decifra o outro
Voraz, rasgando
Voz voluptuosa
Ativa, passiva
Ações, posições, sensações
Reger, conjugar
Torpor, trepar
M.A.
Bocas abrem
Devoram palavras
Cintilantes, excitante
Corpos se contorcem
Curvas, linhas, pontos
Insaciáveis desejos
A língua decifra o outro
Voraz, rasgando
Voz voluptuosa
Ativa, passiva
Ações, posições, sensações
Reger, conjugar
Torpor, trepar
M.A.
quinta-feira, 5 de abril de 2012
A vontade é te arrancar
A vontade é te arrancar
A vontade é te arrancar do meu coração
Porque pensar em você me aflige
Não sei muito bem como explicar
Mas é como se estivesse implodindo
É tanta confusão que não sei o que fazer
Meu coração bate, bate, bate
E de repente, parece que vai parar
Dói
Dói o coração, o corpo, a mente
Principalmente porque não sei o que é
Principalmente, porque não quero saber o que é
Minha única vontade é te arrancar do meu coração
Do meu peito, da minha razão
Da minha loucura
M.A.
A vontade é te arrancar do meu coração
Porque pensar em você me aflige
Não sei muito bem como explicar
Mas é como se estivesse implodindo
É tanta confusão que não sei o que fazer
Meu coração bate, bate, bate
E de repente, parece que vai parar
Dói
Dói o coração, o corpo, a mente
Principalmente porque não sei o que é
Principalmente, porque não quero saber o que é
Minha única vontade é te arrancar do meu coração
Do meu peito, da minha razão
Da minha loucura
M.A.
terça-feira, 2 de agosto de 2011
Arrependimentos
Arrependimentos
Das coisas que fiz não tenho porque me arrepender
Se dissesse que me arrependo e completasse com um "ah! Se eu pudesse voltar, não faria..."
Seria mentira, porque não teria passado pela experiência vivida
E sem saber, faria as mesmas coisas, fosse por curiosidade, teimosia ou o que fosse
Tudo o que fiz, constitui quem eu sou
Eu sou o que fiz de certo, o que fiz de errado, o que quer que eu tenha feito e o que não fiz
E por mais que algumas consequências não tenham sido sempre agradáveis,
É isso aí mesmo, vivendo e aprendendo
Se arrepender e voltar atrás não fazem parte da minha vida
Porque o que passou é passado e a vida é daqui pra frente
Não dá pra querer voltar e mudar
Mas dá pra mudar agora e melhorar lá na frente
Há quem prefira chorar e querer sempre voltar no tempo
Eu prefiro viver o meu tempo, sorrindo, chorando, amando e aprendendo
M.A.
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